terça-feira, 2 de junho de 2009

ESPECIAL - FITOTERAPICOS UTILIZADOS NO SUS

Fitoterápico

Um medicamento fitoterápico é aquele alcançado de plantas medicinais, onde utiliza-se exclusivamente derivados de droga vegetal[1] tais como: suco, cera, exsudato, óleo, extrato, tintura, entre outros.[2] O termo confunde-se com fitoterapia ou com planta medicinal que realmente envolve o vegetal como um todo no exercício curativo e/ou profilático. Os fitoterápicos são medicamentos industrializados, onde são tratados através de legistação específica.[3]São uma mistura complexa de substâncias, onde, na maioria dos casos, o princípio ativo é desconhecido.[4]
O simples fato de coletar, secar, estabilizar e secar um vegetal não o torna fitoterápico. Deste modo, vegetais íntegros, rasurados, triturados ou pulverizados, não são considerados medicamentos fitoterápicos,[2] em outras palavras, uma planta medicinal não é um fitoterápico. Também não são considerados fitoterápicos os chás, medicamentos homeopáticos e partes de plantas medicinais.[5]
Assim como outros medicamentos, os fitoterápicos quando utilizados de forma incorreta podem proporcionar problemas de saúde.


Definição de órgãos regulatórios
Fitoterápico, segundo a RDC n°48 de 16 de março de 2004 da Anvisa é o medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais.[6]
Segundo a OMS, os medicamentos fitoterápicos são aqueles preparados com substâncias ativas presentes na planta como um todo, ou em parte dela, na forma de extrato total.[7]

Utilização na saúde pública
No Brasil, o Ministério da Saúde, torna disponível a utilização de medicamentos fitoterápicos na saúde pública. Desde 2007, as prefeituras brasileiras podem adquirir espinheira santa, utilizada no tratamento de úlceras e gastrites e guaco para sintomas da gripe, como a tosse, ambos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.[8][9]
Através da Portaria interministerial (2.960/2008) assinada pelo Ministério da Saúde do Brasil e outros nove ministérios (Casa Civil; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Cultura; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior; Integração Nacional; Meio Ambiente; e Ciência e Tecnologia) foi criado o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos com objetivo de ampliar a utilização deste tipo de medicamento pelo SUS.[10]
Também em janeiro de 2009, o Ministério da Saúde do Brasil divulgou uma lista com 71 plantas que podem ser utilizadas como medicamento fitorerápico.[11]Eis a composição da lista:
Nome científico
Nome popular
Uso
Achillea millefolium
Mil-folhas, Dipirona
Combate úlceras, feridas, analgesica


Allium sativum
Alho
Anti-séptico, Antiiflamatório e Anti-hipertensivo


Aloe spp (A. vera ou A. barbadensis)
Babosa, áloes
Combate caspa, calvíce e é antisseptico, tira lendia de piolhos e é cicatrizante


Alpinia spp (A. zerumbet ou A. speciosa)
Colônia
Anti-hipertensivo


Anacardium occidentale
Caju
Antisseptico e cicatrizante


Ananas comosus
Abacaxi
Mucolítica e fluidificante das secreções e das vias aéreas superiores.


Apuleia ferrea = Caesalpinia ferrea
Jucá, pau-ferroverdadeiro, ibirá-obi
Infecção catarral, garganta, gota, cicatrizante


Arrabidaea chica
Crajirú, carajiru
Afeções da pele em geral (impigens), feridas, Antimicrobiano


Artemisia absinthium
Artemísia
Estômago, fígado, rins, verme (lombriga e oxíuru, giárdia e ameba)


Baccharis trimera
Carqueja, carquejaamargosa
Combate feridas e estomáquico


Bauhinia spp (B. affinis, B. forficata ou variegata)
Pata de vaca
Bidens pilosa
Picão
Combate úlceras


Calendula officinalis
Bonina, calêndula, flor-de-todos-osmales, malmequer
Feridas, úlceras, micoses


Carapa guianensis
Andiroba, angiroba, nandiroba
Combate úlceras, dermatoses e feridas


Casearia sylvestris
Guaçatonga, apiáacanoçu,bugre branco, café-bravo
Combate úlceras, feridas, aftas, feridas na boca


Chamomilla recutita = Matricaria chamomilla = Matricaria recutita
Camomila
Combate dermatites, feridas banais


Chenopodium ambrosioides
Mastruz, erva-de-santa- maria, ambrosia, erva-debicho, mastruço, menstrus
Corrimento vaginal, antisseptico local


Copaifera spp
Copaíba
Antiinflamação


Cordia spp (C. curassavica ou C. verbenacea)
Erva baleeira
Antiiflamatoria


Costus spp (C. scaber ou C. spicatus)
Cana-do-brejo
Combate leucorréia e infição renal


Croton spp (C. cajucara ou C. zehntneri)
Alcanforeira, herva-mular, péde-perdiz
Combate feridas, úlceras


Curcuma longa
Açafrão


Cynara scolymus
Alcachofra
Combate ácido úrico


Dalbergia subcymosa
Verônica
Auxiliar no tratamento de inflamações uterinas e da.anemia


Eleutherine plicata
Marupa, palmeirinha
Hemorróida, vermífugo


Equisetum arvense
Cavalinha
Diurético


Erythrina mulungu
Mulungu
Sistema nervoso em geral


Eucalyptus globulus
Eucalipto
Combate leucorréia


Eugenia uniflora ou Myrtus brasiliana
Pitanga
Diarréia


Foeniculum vulgare
Funcho
Anti-séptico


Glycine max
Soja
Sintomas da menopausa, oesteoporose


Harpagophytum procumbens
Garra-do-diabo
Artrite reumantoide


Jatropha gossypiifolia
Peão-roxo, jalopão, batata-de-téu
Antisseptico, feridas


Justicia pectoralis
Anador
Cortes, afecções nervosas, catarro bronquial


Kalanchoe pinnata = Bryophyllum calycinum
Folha-da-fortuna
Furúnculos


Lamium album
Urtiga-branca
Leucorréia


Lippia sidoides
Estrepa cavalo, alecrim, alecrim-pimenta


Malva sylvestris
Malva, malva-alta, malva-silvestre
Furúnculos


Maytenus spp (M. aquifolium ou M. ilicifolia)
Concorosa, combra-de-touro, espinheira-santa, concerosa
Antiséptica em feridas e úlceras


Mentha pulegium
Poejo


Mentha spp (M. crispa, M. piperita ou M. villosa)
Hortelã-pimenta, hortelã, menta


Mikania spp (M. glomerata ou M. laevigata)
Guaco
Broncodilatador


Momordica charantia
Melão de São Caetano


Morus sp
Amora


Ocimum gratissimum
Alfavacão, alfavaca-cravo


Orbignya speciosa
Babaçu


Passiflora spp (P. alata, P. edulis ou P. incarnata)
Maracujá
Calmante


Persea spp (P. gratissima ou P. americana)
Abacate
Ácido úrico, prevenir queda de cabelo, anti-caspa


Petroselinum sativum
Falsa


Phyllanthus spp (P. amarus, P.niruri, P. tenellus e P. urinaria)
Erva-pombinha, quebra-pedra


Plantago major
Tanchagem, tanchás
Feridas


Plectranthus barbatus = Coleus barbatus
Boldo


Polygonum spp (P. acre ou P. hydropiperoides)
Erva-de-bicho
Corrimentos


Portulaca pilosa
Amor-crescido
Feridas, úlceras


Psidium guajava
Goiaba
Leucorréia, aftas, úlcera, irritação vaginal


Punica granatum
Romeira
Leucorréia


Rhamnus purshiana
Cáscara sagrada


Ruta graveolens
Arruda


Salix alba
Salgueiro branco


Schinus terebinthifolius = Schinus aroeira
Araguaíba, aroeira, aroeira-do-rio-grande-do-sul
Feridas e úlceras


Solanum paniculatum
Jurubeba


Solidago microglossa
Arnica
Contusões


Stryphnodendron adstringens = Stryphnodendron barbatimam
Barbatimão, abaremotemo, casca-da-virgindade
Leucorréia, feridas, úlceras, corrimento vaginal


Syzygium spp (S. jambolanum ou S. cumini)
Jambolão


Tabebuia avellanedeae
Ipê-roxo


Tagetes minuta
Cravo-de-defunto


Trifolium pratense
Trevo vermelho


Uncaria tomentosa
Unha-de-gato
Imunoestimulante, antiinflamatório


Vernonia condensata
Boldo da Bahia


Vernonia spp (V. ruficoma ou V. polyanthes)
Assa-peixe


Zingiber officinale
Gengibre
Tosse

Etapas de desenvolvimento

Etapa botânica
A etapa botânica refere-se à identificação do material vegetal. Esta etapa é de suma importância, pois diferentes espécies podem ter também efeitos diferentes. Também é avaliado a atividade do vegetal, concentração de seus princípios ativos em diferentes épocas e locais de colheita. Um vegetal pode ser confundido com outro muito facilmente.[12]

Etapa farmacêutica
Determina-se e identifica-se as substâncias de valor no vegetal. Assim é criado a forma de preparo correta, garantindo a estabilidade das amostras.[12]

Etapa de ensaios biológicos
O possível medicamento é testado em ensaios farmacodinâmicos, farmacocinéticos e toxicológicos em animais de laboratório.[12]

Etapa clínica
Esta fase é dividida em quatro seguimentos: na primeira etapa o medicamento é usado em poucas pessoas e são avaliados sus farmacocinética, farmacodinâmica, dosagem e local de aplicação; a segunda etapa testa o medicamento em doentes; a terceira etapa prolonga-se o tempo de uso e na última etapa utiliza-se um número maior de pacientes para confirmar as etapas anteriores.[12]

Notas e referências
"Fitoterápico chega à rede básica". . (página da notícia visitada em 18/01/2009)
2,0 2,1 Medicamentos Fitoterápicos, no http://www.anvisa.gov.br ; Acesso 24 de Dez de 2008
"PROJETO INVESTIGA USO DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS VENDIDAS NO MERCADO DE ARACAJU". . (página da notícia visitada em 13/01/2009)
DI STASI, Luiz Cláudio, Editora Unesp, Plantas medicinais: verdades e mentiras: o que os usuários e os profissionais de saúde precisam saber, São Paulo: 2007. Página visitada em 13/01/2009.
FAQ - Fitoterápicos. Página visitada em 22/03/2009.
RESOLUÇÃO-RDC Nº. 48, DE 16 DE MARÇO DE 2004, no http://e-legis.anvisa.gov.br ; Acesso 24 de Dez de 2008
Sobre fitoterapia, no http://www.labcat.com.br ; Acesso 24 de Dez de 2008
"SUS vai ampliar uso de medicamentos fitoterápicos em 2009". . (página da notícia visitada em 13/01/2009)
"MS lança Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos". . (página da notícia visitada em 13/01/2009)
"Programa vai ampliar lista de fitoterápicos oferecidos pelo SUS". . (página da notícia visitada em 13/01/2009)
"Governo lista plantas que poderão virar fitoterápicos". . (página da notícia visitada em 14/02/2009)
12,0 12,1 12,2 12,3 Etapas de desenvolvimento do medicamento fitoterápico. Página visitada em 16/01/2009.

CAJUEIRO ( anacardium occidentale )





A. occidentale
Nome binomial
Anacardium occidentaleL.
O cajueiro, nome científico Anacardium occidentale, da família Anacardiaceae, é uma árvore originária do norte e nordeste do Brasil, com troncos tortuosos e relativamente baixa. Na natureza existem dois tipos: o comum (ou gigante) e o anão. O tipo comum pode atingir entre 5 e 10 metros de altura, mas em condições muito propícias pode chegar a 20 metros. O tipo anão possui altura média de 4 metros.

Cajueiro

Muda de cajueiro
Seu fruto, a castanha de caju, tem uma forma semelhante a um rim humano; a amêndoa contida no interior da castanha, quando seca e torrada, é popularmente conhecida como castanha-de-caju. Prologando-se ao fruto, existe um pedúnculo (seu pseudofruto) maior, macio, piriforme, também comestível, de cor alaranjada ou avermelhada; é geralmente confundido como fruto. Designado como maçã do caju, esta estrutura amadurece colorido em amarelo e/ou vermelho e varia entre o tamanho de uma ameixa e o de uma pêra (5-11 cm). Tem, ainda, os nomes científicos de Anacardium microcarpum e Cassuvium pomiverum.

Flores do Cajueiro
Além do fruto, a casca da árvore é também utilizada como adstringente e tônico. O tronco do cajueiro produz uma resina amarela, conhecida por goma do cajueiro[1] que pode substitui a goma arábica, e que é usada na indústria do papel até a indústria farmacêutica[2].
Sua madeira, durável e de coloração rosada é também apreciada.
As flores são especialmente melíferas e têm propriedades tônicas, já que contêm anacardina. Da seiva produz-se tinta. A raiz tem propriedades purgativas.
Suas folhas são obovadas (isto é, têm a forma de um ovo invertido), apresentando-se coriáceas e sub-coriáceas. As flores dispõem-se em panículas.

Também é conhecido pelos nomes derivados do original da língua tupi (acayu): acaju, acajaíba, acajuíba, caju-comum, cajueiro-comum, cajuil, caju-manso, cajuzeiro e ocaju. Em Moçambique é ainda conhecido como mecaju e mepoto.
O nome inglês cashew é derivado da palavra portuguesa de pronúncia similar, caju, que por sua vez provém da palavra indígena acaju. Na Venezuela o cajueiro é denominado merey, mas em outros países da América Latina é chamado maranon, provavelmente devido ao nome da região onde foi visto pela primeira vez, o estado do Maranhão, no meio norte do Brasil.
Outros nomes do Caju e do Cajueiro:
Português: caju, cajueiro, pé de caju, castanha de caju, maçã de caju;
Francês: cajou, acajou, anacardier, cachou, noix de cajou;

Cajus prontos para serem colhidos
Inglês: cashew, cashew tree, cashew nut, cashew apple, cashew kernel;
Espanhol: marañon, nuez de marañon (Equador); cajuil, pajuil (Porto Rico, Costa Rica, Cuba, México, Peru, Colômbia, Panamá, El Salvador); merey, mereke (Venezuela); acayouba (Argentina);
Italiano: anacardio, noci di anacardio;
Holandês: cashew;
Alemão: Acajuban, Kaschunuss;
Dialetos Africanos: kazuwa, tazwa, diboto (Zaire, Congo); mkanju, korosho (Suahili); Bibbo, Bibs (Somália); Cajoutier, Mabida, Mahabibo (Rep. Malgaxe);
Dialetos Asiáticos: Kajus, gajus, Janggus, kanjus (Malásia); Jambu-gajus, Jambu-monyet (Java); Gaju, Jambu-mèdè, Jambu-erang (Sumatra); Boa-frangi (fruta de Portugal - Molucas); Kaju (estados do norte da Índia); Caju-gaha, Cadjú, Paranji-handi (noz de Portugal) - (Estados do sul da Índia e Ceilão); Kasoy, Kasui, Kasul, Kachui (Filipinas).



Amêndoas de castanhas de caju assadas e salgadas
O caju é riquíssimo em vitamina C (seu teor é bem maior que o da laranja). Contém ainda vitamina A e do complexo B. Também é rico em proteínas, lipídios, e carboidratos. É ainda uma boa fonte de sais minerais como cálcio, fósforo e ferro, além de zinco, magnésio, fibras e gordura insaturada, que ajudam a diminuir o nível de colesterol no sangue. O caju tem ainda quantidades razoáveis de Niacina.
Por ser rico em fibras, o caju é indicado para aumentar a movimentação intestinal.



Primeira ilustração do Cajueiro, de André Thevet, 1558
Crônicas dos primeiros colonizadores da costa brasileira contam que, na época da frutificação dos cajueiros, nações indígenas do interior vinham ao litoral, território dos tupinambás e tupiniquins, e com eles travavam guerras pela colheita dos frutos: eram as "guerras do acayu".
Durante o domínio holandês no Nordeste do Brasil, diversos autores ressaltaram o valor da fruta do cajueiro, especialmente suas virtudes terapêuticas. Maurício de Nassau chegou a baixar uma resolução que fixava a multa de cem florins por cajueiro derrubado ("visto que o seu fruto é um importante sustento dos índios").
Presume-se que o cajueiro chegou em Goa, principal colônia de Portugal nas Índias Orientais entre 1560 e 1565, para a estabilização de taludes e para lutar contra a erosão. Os portugueses levaram a planta para a Índia, entre 1563 e 1578, onde ela se adaptou extremamente bem. Depois da Índia foi introduzida no sudeste asiático, chegando à África durante a segunda metade do século XVI, primeiro na costa leste e depois na oeste e por último nas ilhas.
As primeiras importações de amêndoas de castanha de caju da Índia foram feitas em 1905 pelos Estados Unidos. O comércio mundial de amêndoa de caju teve início de forma efetiva depois que representantes da empresa americana General Food Corporation descobriram essas nozes durante uma missão na Índia no início da década de 1920. Além de embarques regulares para os Estados Unidos, pequenas consignações foram enviadas para vários países europeus, particularmente para o Reino Unido e Países Baixos. Em 1941 as exportações indianas de amêndoas de castanha de caju já alcançavam quase 20 mil t. Hoje a castanha é um importante item no comércio mundial. O valor total de vendas, após agregação de valor, supera a soma de US$ 2 bilhões.


O maior cajueiro do mundo encontra-se em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, conforme comprovado pelo Guiness Book na década de 1980.
Ver artigo principal: Maior Cajueiro do Mundo
É muito cultivada nas regiões tropicais da América, África e Ásia. Os maiores exportadores mundiais de amêndoa de castanha de caju (ACC) são Índia, Vietnã e Brasil.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

MIL-FOLHAS ( achillea millefolium )





Espécie:
A. millefolium
Nome binomial
Achillea millefoliumL.


O milefólio, milenrama, erva-dos-carpinteiros ou mil-folhas (Achillea millefolium) é uma espécie botânica pertencente à família Asteraceae.
Parte Utilizada - flores, folhas, caules, rizomas.
Principais Constituintes - achileína, achilina, ácido aquilêico, ácido caféico, ácido clorogênico; ácido fórmico, ácidos graxos; ácido isovalérico, ácido mirístico, ácido salicílico, açúcares; alcalóides; aminoácidos; aquineína, azulenos, bataínas, betaína, borneol, pró-camazuleno, canfeno, cânfora, p-cimeno, cineole, cumarinas, derivados terpênicos e sesquiterpênicos, eugenol, fitosterol; flavonóides (apigenina, epigenol, luteolina e seus glicosídeos, artemetina, rutina, tuteolol); formaldeído, furfural, glicosídeos amargos, heterosídeos cianogênicos; inulina, lactonas sesquiterpênicas; limoneno, linalol, milefina, minerais: P e K; mucilagens; óleo essencial (cineol, proazuleno); a-pineno, ß-pineno, quercetina, quercitrina, resina, sabineno, tanino, a-terpineno, trigonelina, a-tujona, vitamina C.
Acção Farmacológica - adstringente, amarga, analgésica, antibiótica, anti-caspa, anti-celulítica, anti-dispéptica, anti-espasmódica, anti-helmíntica, anti-hemorrágica, anti-hemorroidária, anti-inflamatória, antimicrobiana, anti-perspirante, antipirética, anti-reumática, anti-séptica, aperiente, aromática, carminativa, cicatrizante, colagoga, colerética, diaforética, digestiva, diurética, emenagoga, estimulante, estomáquica, eupéptica, expectorante, hemostática, hepática, hipotensiva, refrescante, restabilizante da circulação sangüínea, tônica, vulnerária. Indicações abcesso, acne, adinamia, adstrição; afecções da pele (abscessos, feridas, eczemas, etc.); afecções urinárias, alopecia, amenorréia, cálculo renal, calmante, cefalalgia; circulação, cólicas menstruais, contusões, pulmonares e dérmicas; debilidade geral, depurar o sangue, desentoxicar o organismo, diarréia, distúrbios nervosos, dores de cabeça; dores de estômago e de dente; eczema, enurese nas crianças; escarlatina, escarros; espasmos gastrintestinais e uterinos; falta de apetite, febre intestinal e intermitente, feridas, fígado, fissuras anais, flatulência, gastrite, golpes, gota, greta; hemorragias nazal, uterinas e dos pulmões; hemorróidas, incontinência urinária; inflamação das mucosas da boca, gástricas e intestinais; inflamações e rachaduras na pele, insônia, intestinos, má digestão, manchas, mucosidade intestinal, pleuris, poros dilatados, problemas digestivos, problemas de secreção da bile, psoríase, queimaduras, regularizar a menstruação, resfriado, rins, sardas e manchas na pele, sarna, transpiração nos pés; trombose cerebral e coronarianos; tumores, úlceras, úlcera gástrica, varizes, vesícula, vômitos sanguíneos. Contraindicações/Precauções - mulheres em lactação e gestantes. Evitar a ação do sol na epiderme molhada com o suco da planta fresca. Há possibilidade de intoxicação de animais domésticos. Não deve ser tomado em doses fortes nem durante um período prolongado. Efeitos Secundários - pode causar irritação dérmica com coceira e inflamação, podendo levar à formação de pequenas vesículas, inflamação ocular, dores de cabeça e vertigens. O uso durante a gravidez, pode provocar sangramentos.

ALHO ( allium sativum )




Espécie:
A. sativum
Nome binomial
Allium sativumL.
São designadas como alho algumas plantas do gênero Allium (mas não só), embora o termo se aplique especificamente ao Allium sativum, uma planta perene cujo bulbo (a "cabeça de alho"), composto por folhas escamiformes (os "dentes de alho"), é comestível e usado tanto como tempero como para fins medicinais.
O alho é utilizado desde a antiguidade como remédio, sendo usado no Antigo Egito na composição de vários medicamentos. Suas propriedades anti-microbianas e os seus efeitos benéficos para o coração e circulação sanguínea já eram valorizados na Idade Média. Possui um ótimo valor nutricional, possuindo vitaminas (A, B2, B6, C), aminoácidos, adenosina, sais minerais (ferro, silício, iodo) e enzimas e compostos biologicamente ativos, como a alicina. O alho costuma ser indicado como auxiliar no tratamento de hipertensão arterial leve, redução dos níveis de colesterol e prevenção das doenças ateroscleróticas. Também se atribui ao alho a capacidade de prevenir resfriados e outras doenças infecciosas, e de tratar infecções bacterianas e fungicas.

[editar] Culinária
Na culinária pode ser utilizado de diversas formas, cru, refogado, picado, em rodelas, etc, conforme os gostos que são pouco unânimes. Em geral, os povos mediterrânicos são os maiores apreciadores, empregando-o, geralmente, em conjunto com o tomate e a cebola. Outros povos, menos adeptos do seu uso, chegaram a designar a planta como "rosa fétida", devido ao seu odor forte e picante proporcionado pela essência de alho ou dialil sulfito (C3H5)2S. Quando consumido em quantidades elevadas, esse odor pode tornar-se evidente no suor de quem o ingeriu. O hálito característico e geralmente considerado desagradável pode ser minimizado se for consumida também salsa fresca.
Uma curiosidade aos apreciadores da "rosa fétida" é um restaurante de mesmo nome, em Inglês chamado de "Stink Rose", localizado em São Francisco (California), nos Estados Unidos da América. Sendo um restaurante temático de conceito interessante a maior parte do que pode ser consumido é temperado com alho e algum dos alimentos apresentam um gosto bem marcante deste tempero. Mais interessante ainda é a existência de um vinho carregado de seu sabor e cheiro e de uma sobremesa peculiar, o sorvete de alho. O restaurante possui ainda uma filial em Beverly Hills.

[editar] Outros tipos de "alho"
São também designadas como alho as seguintes plantas:
Alho-da-campina - o mesmo que alho-do-mato
Alho-das-vinhas (Allium vineale)
Alho-de-espanha (Allium scorodoprasum)
Alho-do-campo - o mesmo que alho-do-mato
Alho-do-mato (Cipura paludosa)
Alho-espanhol - o mesmo que alho-de-espanha
Alho-francês - o mesmo que alho-porro
Alho-grosso-de-espanha - o mesmo que alho-de-espanha
Alho-macho - o mesmo que alho-porro
Alho-mágico (Allium nigrum)
Alho-mourisco - o mesmo que Alho-de-espanha
Alho-negro - o mesmo que Alho-mágico
Alho-ordinário - o mesmo que alho (Allium sativum)
Alho-poró - o mesmo que alho-porro
Alho-porro (Allium porrum) ou porro-hortense (segundo alguns autores, pode ser considerado apenas como uma variante de Allium ampeloprasum)
Alho-porró - o mesmo que alho-porro
Alho-porrô - o mesmo que alho-porro
Alho-porro-bravo (Allium ampeloprasum)
Alho-rocambole - o mesmo que alho-de-espanha
Alho-rosado (Allium roseum)
Alho-sem-mau-cheiro (Nothoscordum gracile e Nothoscordum striatum)
Alho-silvestre (Nothoscordum striatum)

losna - artemisia absinthium L.



LOSNA - (Artemísia absinthium)

USO MEDICINAL
A Losna é empregada para eliminar vermes, cólicas, diarréias, envenenamentos, intoxicação, catarro pulmonar, inapetência em crianças, afecções gástricas, hepáticas e renais, gripe e mau hálito.
Foi muito usada na antigüidade para combater os envenenamentos por outras plantas e também nas intoxicações.

USO ENERGÉTICO
A Losna é muito energética. Além de debelar as toxidades do corpo, também elimina as da alma e da aura. Faz uma limpeza energética profunda e proporciona ao passivo soluções criativas e metas.
A Losna tem um uso energético desde a antigüidade. Ela era usada para fazer limpezas profundas em ambientes, preparando-o para trabalhos espirituais. Também é muito usada para talismãs de amor, e é a erva indicada para trabalhos espirituais que envolvam desobcessão. Para esses fins, deve ser usada seca e triturada com as mãos em defumador.

OUTROS USOS
- A Losna ajuda em tratamentos para a obesidade, pois ativa fígado, aparelho digestivo e intestinal.
- É muito boa para deprimidos e no tratamento de alcoolismo e drogas, pois desintoxica.